terça-feira

Eu e Tu. Tu e Eu. Nós dois!

Cada coisa no seu devido lugar! 

Sem pressa, sem arranques, sem muitas apresentações, sem tantas declarações exageradas, sem gritos de amor ao vento, sem tantas discussões idiotas, sem tantas coisas em comum e alguns coisas bem diferentes, sem aquele sentimentalismo encrustado na pele, sem muitos coraçõezinhos voando, sem tantos encontros comuns e sem muita fugere urbem. Quero tudo com muita simplicidade e tranquilidade. Um amor racional. Um amor discutível. Um amor amável. Quero coisas incompatíveis. Quero achar graças dos gostos estranhos, da manias estranhas e dos exageros femininos. Quero ter prazer em descobrir você.
 
É tão bom amar alguém de verdade, que atende o telefone e diz "Oi!?", "Oi!", "Oooooi!", "Oi, pode dizer!", que ri de coisas que aconteceram no mundo, na vida, que olha para você e diz "O que aconteceu!?" e te conhece melhor que você mesmo, que te deixa à vontade para dizer o que quiser e te molda antes de dizer alguma besteira, ou se não tiver mais jeito, te corrige depois com todo o carinho possível. Isso é bom! Me sinto gente!

Relacionar-se com a alguém que te diz "Hum! Bom saber..." e que te cobra coisas comuns, do dia-a-dia, e  não amores impossíveis, declarações dramáticas, provas de amor(elas virão por si só, tranquilamente!) é tão bom, tão comum e tão normal que dá vontade de amar de novo só para viver tudo novamente.

É tão bom amar alguém normal, ciente, consciente, inteligente e outros 'entes' mais que convier.

Acho que estou de volta! Aos poucos me habituando com um sentimento mais puro e refinado. Devagarinho e sempre para não cansar... esse é meu lema!

Tudo junto e misturado

quemdissequeparaeuescrevereutenhoquerespeitaralgumaordem?Aúnicacoisaqueeunecessitodeverdadeéumacanetaeumpapelenadamais.piorseriaseeucomplicassedeverdadeecolocassetudojuntoemisturado.

Embriaguês

Não sei como descrever este momento 'mágico'. Talvez seja um pouco complicado na condição que estou.

Se, embriaguês se resume em apenas uma pessoa sem controle, sem coordenação no pescoço, um formigamento nos membros inferiores, algumas reviravoltas no ponto da visão, então, estou embriagado e sem comentários...
Até já...
o_O

Troca de passageiro

Dedico este texto aos meus 'amigos' que cruzaram meu caminho

Nossa! Quando paramos realmente para pensar, aí é que percebemos o quanto o tempo passa. E passa com muita rapidez, inclusive quando nos recordamos dos momentos bons e inocentes da vida.

Num suspiro profundo lembro de um tempo - não tão remoto - em que eu viajava desesperadamente para garantir um pouco mais de experiência na minha vida profissional. Primeiro, tomei um susto. Fui escalado para fazer minhas magias numa cidadezinha aí do interior da Bahia. Ufa! Respirei fundo, peguei minhas lebres, minha cartola, minha varinha mágica e fui à luta. Entretanto, tinha um detalhe: eu tinha que pegar um tal ônibus que passava pelo deserto do Saara (recebi mil recomendações quanto a este caminho), logo tive que levar uma garrafa com água para beber na longa estrada cansativa com sete horas de duração (que em condições normais far-se-ia em três horas), uma toalha para me proteger da infeliz poeira que adentrava no ônibus (detalhe: busão com ar condicionado) e ainda torcer para não quebrar.

Chegando no terminal de viagem, olhei para um lado, para o outro e não vi ninguém conhecido. Porém, havia recebido a instrução de que eu viajaria com uma moça (muito bonita e estupidamente perfeita - seria um sonho!), mas nada desta moça. De repente vejo um sujeito esguio, camisa azul largadona, com chinelos de dedos, boné muito louco e uma mala de viajem para cinco dias e fitei-lhe os olhos pensando no pior. Veio a mim a lembrança de um jeito chato (tipo "tô nem aí") de um cara que havia encontrado numa pousada noutra cidade baiana onde me hospedei para fazer outros números. E, como ousado que sou, aliás, cara-de-pau, perguntei-lhe qual o destino e ele me responde olhando para o outro lado: "ali", e pronto. Clima pesadíssimo e assim começa a aventura de Fábio Crosué.

Algo naquela criatura me chamava atenção. Talvez os olhos de peixe ou o ar rude metropólito que transpassava, mas tinha algo diferente. Questionei-o mais. Era o que eu estava pensando... ele, esta critura, absorveu a moça bonita, logo seria ao lado dele que viajaria. Seria o fim e as sete horas intermináveis se transformariam quatorze, vinte e uma...

Julguei, entramos, sentamos e paguei com a língua. Ao contrário do pensado, as horas passaram num estalar de dedos. Foram muitos risos e muitas histórias compartilhadas em apenas algumas horas. De estranhos aos melhores amigos - de infância. Foi divertido! Uma amizade bem criada, da maneira mais louca possível.

Como tudo na vida, passageiro. Minha infância e minhas histórias partilhadas com meu melhor amigo duraram sete horas e nada mais.

A um amigo distante

Oi!? Como está? Está tão longe, !? Legal... aliás, que péssimo (risos). Estava lembrando dos dias passados que perdíamos conversando, rindo, brincando. Conversas sobre nada misturado com coisa nenhuma, conversas sérias sobre coisas terrenas e coisas do alto. Risos de piadas sem graça, de palhaçadas corriqueiras que aconteciam conosco durante o dia, brincadeiras engraçadas e, as vezes, sem fundamento, mas que marcavam (e como marcavam. Não pense que esqueci do soco que me deste no rosto e da mordida no braço). Parecíamos irmãos, sempre discutindo.


Tenho saudade do tempo em que saímos para perambular nas ruas da cidade e olhar para as menininhas que passavam e davam bola para nós, aliás, para você, afinal de contas o atirado e Don Juan da história sempre foi você; saudades das noites jogadas ao vento para discutirmos sobre eu, sobre você, sobre os amores, sobre as decepções. Ilário.


Ainda esta semana, fui aquela praça comer um pastel frito e a partir daí recordei os tempos amistosos. Vi nosso grupo sentado e conversando, após ter andado mais ou menos quarenta minutos para comer uma massa frita no óleo (mas na realidade não caminhávamos para comer, mas para curtir a amizade pura e sincera que nos rodeava). Tempos bons que não poderão ser praticados nos dias de hoje. O motivo? Não quero conversar sobre as hipóteses, mas são reais.


O tempo passa, muda, algumas pessoas continuam as mesmas, outras se transformam-se completamente, e assim seguimos. Hoje, somos distintos ao extremo, creio eu. Quase que incumprimentáveis, irreconhecíveis, disfarçados. Eu finjo não te conhecer e você finge acreditar. Perfeito! Talvez isso tenha sido mais uma prova que amigos são amigos e por mais que finjam não serem amigos sempre serão aliados.


Saudades de um velho amigo que me fez acreditar em mim, me provou a genuína amizade, e sem perceber me ensinou a viver a vida da maneira mais simples possível.


Abraços de um velho amigo chato... EGMDT.

Então, se é assim, sigamos...

Ocorre um acidente de trânsito. Um caminhão cruza uma avenida e neste exato momento uma motocicleta vem no sentido perpendicular. Se chocam! O motorista do caminhão, nada. O piloto , chão. O caminhão, inalterado. A motocicleta, sob o automóvel. Curiosos se amontoam e atrapalham o resgate. Eu sigo meu caminho e escuto o diálogo:

- E aí, como foi?- O cara quase morre.- E a moto?- Ficou debaixo do caminhão.- O cara teve o quê?- Sorte, porque ele pulou da moto. Mas não teve nada não. Só se arranhou normal mesmo.
Eu me pergunto: Sofrer acidente e se arranhar é normal?
#asno

quinta-feira

Dançantes Amantes

Especialmente para Anderson Monteiro, Milla Ingrid e Daniele França

Dançar é poder gritar e expandir todos os sentimentos e as sensações mais brancas e obscuras que se alojam internamente. É simplesmente transfigurar criaturas que não se criam, mas que se desenham e arquitetam um edifício de liberdade. É mergulhar na dor e nos passos marcados de prazer. É levitar para outra dimensão e deixar-se levar pelo (des)encontro da magia e manter-se em pleno êxtase numa forma ímpar de abrir a boca e gritar sem dizer palavras, mas sangrar a vida nos passos. Dançar é tudo!